domingo, 6 de setembro de 2009

Uma turista nada acidental

Os últimos três dias foram de um turismo intenso. Me deixei perder na cidade para poder descobrir aonde eu estava e como eu voltaria para a cidade. A primeira providência foi aprender a ler o mapa daqui. O metrô é como o de Brasília, só tem uma linha reta, vai e volta. E os ônibus estão em qualquer lugar. Aonde eu moro, tenho duas paradas para descer: uma do lado da Orla, em que eu subo cinco escadas; e a outra aonde tem uma descida íngreme e que eu desço três escadas. Por mais que a descida seja mais cansativa e longa, a vista que eu tenho é de arrasar. Essa primeira foto eu tirei só para vocês terem uma idéia.
Já fui duas vezes à Catedral de Notre Dame daqui. Ela está passando por uma reforma, então o lado dela está cheio de parafernálias de construção. Mas na frente tem uma espécie de mirante, que algumas caminhadas depois descobri que é bem comum mirantes por aqui pelas alturas aonde alguns bairros chegam. A vista é muito linda, a gente consegue ver a cidade de Evian, na França já.
Hoje decidi ir para o metrô caminhando pela orla, aproveitando o sol matinal que daqui alguns dias será substituído pelo frio do outono. Hoje tinha um monte de famílias, casais, amigos na orla. A vista mais um vez é de tirar o fôlego. Cheio de patinhos e cisnes, a coisa mais fofa! Tirei muitas fotos e uma delas foi me mostrando na difícil tarefa de curtir esse momento à beira do lago Léman.
Aqui os museus são de graça no primeiro sábado do mês, e em uma caminhada para achar a Église de St. François, na crença de que seria uma igreja católica, achei o Museu de Beaux-Arts. O defeito daqui é que quando está tendo uma amostra, as peças do acervo mesmo são guardadas. Mas o que realmente compensou foi ver o museu histórico e geológico que fica no mesmo lugar. Váááááárias ossadas de dinossauros, dos mais diversos tipos e tamanho, além de um esqueleto completo de um mamute. Porém, o que mais me deixou impressionada foi um tufo do cabelo de Napoleão. Imaginei a quantidade de histórias, os motivos e me senti um pouco mais próxima de uma época inenarrável.

Um outro museu bem legal, até para mim que não curto esportes, é o Museu Olímpico. Tem várias roupas, histórias dos jogos, filmes, artigos esportivos. Um mundo imenso para quem curte. Lembrei muito do meu pai com os tênis de corredores que tinha lá, um deles que eu sei que é muito importante, tem até um filme sobre ele, mas que agora esqueci completamente. O bacana foi uma amostra que está tendo lá até o dia 13, intitualada Heróis. Tem vários lugares bacanas para tirar fotos divertidas e conta curiosidades e fatos dos principais atletas do mundo, entre os quais Pelé, Maradona, Ayrton Senna, Michael Phelps, Michael Jordan entre vários que eu li, mas não lembro quem são. Mais uma vez: eu não sou fã de esportes.
Na quinta-feira, com indicações e orientações da Juliana, fui conhecer uma cidade pequenininha da Suíça que abriga a grande loja IKEA, de coisas para casa. Lá tudo é baratinho, se você tiver paciência para procurar. Os preços variam de Sf0,50 até Sf2000. Além de comprar umas coisinhas para meu dar uma vida pro meu quarto, repus algumas coisas que estavam faltando no apartamento. Errata: minha colega de quarto é sueca, ao contrário do que pensava. Ela é muito educada, trocamos algumas conversas mas ela passa a maior parte do tempo fora, já que está aqui há três semanas e conhece bastante gente.
Fazer turismo sozinha tem a vantagem de você poder comandar o seu horário e o seu percurso. Você se deixa levar pelas ruas da cidade. A desvantagem é que suas fotos sempre serão de braço estendido, jamais de corpo inteiro. Saudades de um tripé...

Obs: Essa última foto é a imagem que tenho ao descer para o meu apartamento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Laurinha, a cidade parece super aconchegante e agradável!!!Uma gracinha!!!