sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Montreux



Se eu soubesse que Montreux seria zilhões de vezes melhor que Genebra, teria ido mais cedo. Mas fiquei com medo de ter muito tempo de ócio por lá como tive em Genebra por não conhecer muito bem a cidade. E a descoberta desta pequenina cidade que abriga histórias de jazz foi maravilhosa.
Saí depois de almoçar para economizar no gasto com comida, que aqui é bem caro. Peguei um trem que parava em cada vila daqui, o que foi legal pois vi muitas casinhas fofas para se viver. Quando cheguei, resolvi procurar a orla que a Juliana disse que daria no castelo. Só que me deparei com um jardim lindo cheio de estátuas e Tcharam! A primeira era do Vladimir Nabokov, que escreveu Lolita e que eu amei! Uma estrangeira que não sei bem quem é ainda o desdenhou quando eu pedi para ela tirar uma foto minha com ele (porque eu sou baixinha e não conseguia tirar um auto-retrato com ele). Ela disse: quem é esse? Aí leu e falou, ah, Vladimir Nabokov. Eu quase pulei e falei: Hello, filhota. Não é qualquer estátua não, queridérrima. Enfim, ela me fez um favor. Depois vi que as outras estátuas pertenciam aos grandes nomes da música, como Ella Fitzgerald, Ray Charles, BB King e Quincy Jones. Tirei fotos com todos, bem juntinha. Uma um velhinho muito simpático riu do meu aconchego no Ray e perguntou se não queria que ele tirasse. E foi cômico ver aquele senhor fofo olhando no quadradinho pequenininho da máquina digital.
Depois fui entender o mapa, que mais uma vez foi incompreensível. Segui em frente, e perguntei a um casal aonde era o tal castelo. E mais uma vez foram pessoas legais que praticamente me levaram ao ponto de ônibus. E aqui a forma de pagar o ticket é estranho. Graças ao meu querido afilhado matrimonial Leandro, aprendi que não se pode brincar ao entrar nesses transportes sem pagar. Eu já tinha perguntado pro casal aonde era e eles me avisaram que era dentro do trem. Como assim?? Cadê as maquininhas externas?
Depois de um bom tempo, cheguei no Château de Chillon. Galeura, que castelo! Muito bem organizado. E uma coisa que está valendo muito aqui é minha carteirinha de estudante. Já consegui poupar muito com ela. Lá tem folheto de explicação em português do Brasil, que foi muito bacana. Tem explicação para cada cômodo, que não são poucos: 46. Cada um despertando a imaginação pela quantidade de história que tem. Para quem gosta, vale cada centavo. Dizem que o vinho de lá é um dos mais importantes do mundo; e realmente a cidade é cheia de vinícolas. Papito, duas garrafinhas pitototinhas de pinot noir pro senhor.
Resolvi voltar a pé para Montreux, que ficava a mais ou menos uma hora de caminhada. Poupei 3 francos de passagem (achei muito cara a passagem) e ganhei muito em paisagem. Assim que desci em direção a orla me deparei com uma espécie de prainha, eles deram esse nome. Você pode entrar no Lac Léman, nesse dia friiiiiiiio que estava hoje. Determinei que a melhor invenção do mundo foi o timer (lê-se taimer) da máquina fotográfica. Consegui tirar fotos minhas com os dois braços soltos.
A caminhada é muito linda, com muitas pracinhas e banquinhos a beira do lago. Fiquei sentada algum tempo em um aproveitando a vista única. E continuei caminhando, caminhando, caminhando...
Caminhando, caminhando, caminhando e nada da estátua do Freddie Mercury que a Juliana tinha me dito. Até que quase na estação de trem, eis que lá está o monumento com muitas flores e velas. Bem triste. Freddie definitivamente não morreu por lá.
Depois entrei em uma das lojas que mais gosto: Souvenirs!!!!! Tanto relógio de cuco lindos, mas beeeem caros. Acabei comprando um babador escrito Switzerland pro meu sobrinho.
Meninos, os canivetes suíços de vocês é algo que não vai ter jeito mesmo. São muitos caros, não vi um que fosse baratinho. Se contentem com chocolates ou expansão Bang.
No meu apartamento as coisas não poderiam ser melhores. Estou me dando muito bem com a sueca, ela se esforça para fazermos amizade. E cozinha bem até! Ela me disse que aqui eles têm aulas de culinária no colégio. Ontem ela fez uma sopa de legumes muito gostosa e hoje de manhã comi um pão fresquinho! Estou sentindo vergonha dos meus conhecimentos culinários limitados. Nós conversamos bastante, temos quase a mesma idade. Misturamos inglês, francês e às vezes, enfio até português. Ela já se despede com um “tchau”. A francesa é novinha, fica pouco aqui por morar perto de Lausanne. Quase ainda não conversamos direito.
Enfim, muitas saudades de todos, todos mesmo. Lembro de cada um em algum detalhe.

2 comentários:

Anônimo disse...

Laurinha, você ainda está preocupada com o suposto canivete dos meninos? Manda eles pastaram.....
Aproveita muito na sua excursão aí pela Europa!!!! hehe
bjos

Mônica Plaza disse...

E o q eu vou ganhar daí?? Gelass!!