quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Agora, finalmente, estudante… e com carteirinha!


Depois na novela do chega ou não chega do meu certificado, as várias desculpas e imposições que inventei caso a mulher da secretaria não aceitasse a minha cópia da cópia autenticada, eis que dez minutos antes de eu sair para a faculdade, o documento chegou! Nossa, que alívio senti! Realmente, a cada momento, percebo o tanto que essa viagem é iluminada. Peguei os outros documentos que precisava para fazer a matrícula e resolvi na terça mesmo, no meu primeiro dia de aula.
E que aula! Com uma professora extremamente metódica, para quem acompanha a série Glee, ela é como a professora ruiva. Tudo muito organizado e pede pela nossa organização. Mas muito tranquila, paciente e, pelo mínimo que vi, boa professora. Perdemos uns 20 minutos de aula com ela tentando memorizar os nomes de cada aluno. Com três coreanos na sala, a tarefa é realmente difícil. Basicamente ela nos mostrou como seria o curso, com muita gramática, produção escrita e produção oral. Tive uma prévia de como seria.
Nesse começo de vida acadêmica em uma turma que tem basicamente só estrangeiros, fiz amizade com uma coreana muito legal, que se chama Tihyo e fala-se Tirrê; e com um americano do Texas que se chama Princeton e que fala quase nada de francês. E troquei algumas outras palavras com uma bielorussa e uma mexicana. Nada de brasileiros nesse meu grupo B.
Enfim, ontem, depois de uma hora e meia na fila, consegui finalmente fazer minha matrícula tremendo nas bases com medo de que não desse certo. Recebi minha carteirinha e agora sou oficialmente uma aluna de uma universidade suíça. Não tem mais volta.
Hoje o clima foi diferente. Essas duas aulas de hoje, francês nos jogos e francês nas músicas, são matérias optativas. Então os grupos se misturam e pode ter outros estudantes de um sistema que esqueci como se chama. Na primeira aula, fortifiquei minha amizade com Tihyo, conversei com um italiano da parte italiana da Suíça em que eu não entendo absolutamente nada chamado Silvio, e com uma espanhola RRRRRRRRosário bem legal. E na segunda aula, a surpresa! Duas brasileiras da minha idade! Elas sentaram coincidentemente do meu lado e fui logo puxando papo, porque aqui para se conversar com um brasileiro você só precisa ser um.
Elas já se conheciam por meio de uma introdução aos estrangeiros que eu perdi e que depois percebi que era o canal para fazer amigos do país verde-amarelo. Mas é muito legal quando você conhece pessoas da sua idade, divertidas e que você vê que a amizade tem futuro. Uma está aqui por meio de uma bolsa bacanérrima de nutrição e vai ficar um ano; a outra vai ficar só 6 meses e está pegando algumas matérias de administração em inglês. Mas ela vai tentar mudar para o meu curso pois quer realmente aprender o francês.
Sei que às vezes esse blog é detalhista demais, mas é que no futuro pretendo fazer dele uma espécie de diário para mim. Salvo todos os meus textos com as fotos que utilizo para quando chegar no Brasil poder imprimir, encadernar e tê-lo como as memórias de uma experiência que estou amando. Desculpem-me se ele às vezes fica entendiante.
Muoniquita, se contente com um chocolate. Esse é o presente universal que vou levar para todos.
Na foto, o meu bloco na Universidade.
No mais, saudades de todos! Um super beijo!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Les Misérables

Depois de um tempo de apreensão e espera, eis que ontem fui ver Les Misérables. A peça aqui não fez muito sucesso pois, além de ser uma produção de Lausanne mesmo; a diferença dela para a outra mundialmente conhecida é que depois de 20 anos, eles adaptaram a peça para o francês.
Estudei a rota direitinho pois queria ver a melhor forma para chegar lá. E para a minha surpresa, descobri que o ônibus que passa na parada em frente à orla ia direto para lá. Apesar de ser um pouco longe, foi bem legal para descobrir novos lugares por aqui. E isso é praticamente todo dia. Naquele dia que fui passear com a Camilla também vi coisas que nem imaginava que poderia ter por aqui. A cada dia uma nova descoberta nessa pequenina cidade da Suíça.
Como hoje é feriado por aqui, as ruas estavam lotadas da cidade. E ainda estava acontecendo uma feira aberta em frente ao Teatro Beaulieu, que é o local da ópera. Cheio de gente, de família, adolescentes, adultos. Todos comendo, bebendo e se divertindo. Como eu já estava um pouco em cima da hora, tratei de achar logo o local aonde seria porque existiam vários prédios, cada um com alguma coisa. Quando achei, alívio total.
O lugar que eu comprei foi o mais barato de todos, mas o local que escolhi achei muito bom. O teatro, no entanto, não estava enchendo muito e eu e mais um casal do meu lado ficamos na esperança de podermos passar para a frente. A amiga da Juliana que também assistiu a ópera disse que estava tão vazio no dia dela que eles desceram todo mundo para o primeiro andar, nos lugares de 200 francos. Bem, o meu dia não estava tão vazio assim e me contentei de ir para o local de 100 francos. Tirei uma foto de como foi a minha vista durante a peça.
Como eu nunca li o livro de mais de 700 páginas , assisti o filme para ter idéia de como seria. E eu adorei o filme. A ópera foi outra história. No filme é legal porque eles exaltam muito a parte do amor entre Cosette e Maurice e a perseguição entre Jean e Javert. A ópera dá muita ênfase à cena da barricada e é um tanto quanto monótono. Para mim ópera é só sobre amores impossíveis, sofrimento, tristeza. Não guerra.
Todo o espetáculo durou em média 3 horas, o que foi bastante tempo. Deram um intervalo de 30 minutos e aqui o pessoal tem o hábito de sair para o hall não só para ir ao banheiro ou coisas desse tipo. Eles saem para fumar, conversarem sobre a peça. Um hábito que acredito que deva ser bem europeu.
Mas foi bem legal para saber como é uma ópera por aqui. A parte da música principal que a personagem Fantine canta é de arrepiar os cabelos. Fiquei super emocionada. Não perdeu nada para Susan Boyle.
Tia Nirma e Virgínia, sei que está um pouco atrasado mas essa semana foi super corrida. Desejo os parabéns do fundo do meu coração. Que este novo ano venha com muita saúde, alegrias, conquistas e surpresas agradáveis!
Márcio, não sei se você já leu o livro mas fiquei pensando em como seria bom para você. É uma história fascinante e a cada momento da ópera pensava: o Márcio deve saber o que isso significa, porque o francês cantado só peguei o contexto mesmo. A cada lojinha de criança que descubro me lembro do Felipe. Mande um beijo para ele e para a Cris!
Olívia, obrigada pela correção. Bruschetta. Não vou mais me esquecer.
Neto, ainda estou esperando o e-mail. Sua viagem mais parece fofoca de novela, cada hora chega uma coisa diferente pra mim.
Um super beijo para todos!

sábado, 19 de setembro de 2009

Agora sou mais ou menos estudante


Essa semana foi um pouco corrida porque teve as provas, por isso estive ausente desse meu diário virtual. Segunda e terça tive a prova de nivelamento na Unil – Université de Lausanne. Como sou péssima na gramática do francês, achei a prova de segunda bem complicada: 50 questões, cheias de pegadinhas. Sim, aqui também tem pegadinhas. E depois ainda teve a prova de conhecimento oral, uma entrevista foi passada no telão e nós tínhamos de responder as perguntas sobre ela. Na terça, foi a produção escrita, que eu fiz primeiro de lápis e passei a caneta depois, mas não deu tempo de eu apagar (quando perguntei para a professora, ela disse que não tinha problema); uma prova de interpretação de texto e por último a oral, que tive de falar por dois minutos sobre o meu celular.
Na terça, conheci umas brasileiras mais velhas do que eu, mas muito legais. Duas moram aqui há alguns anos e a outra veio depois de 15 anos em Nova York para fazer o mestrado aqui. Quando o resultado saiu na quinta, veio a surpresa: as que já moravam aqui pegaram o curso de Diploma, que é bem fechado e que quando concluído você pode dar aulas de francês nos outros países; eu fiquei no nível preparatório B; que é para aprender o francês mesmo mas muito mais na prática do que na teoria; e a que queria fazer o Mestrado pegou o francês preparatório A, que é direcionado para quem não tem muita idéia da língua. Para mim, eu fiquei muito feliz no nível que caí. Não queria pegar o Diploma porque como vou ficar aqui só 5 meses, o curso preparatório responde melhor aos meus planos por aqui. Vou ter aula de segunda a sexta, sendo que basicamente minhas matérias são Francês escrito e oral, Francês nas Músicas, Textos Literários, Francês nos jogos (essa é relax total: só vamos jogar durante a aula e utilizar o francês em resposta ao nosso oponente); Língua e Cultura.
Até aí tudo estava bem. O problema veio quando fui fazer minha matrícula. Na crença de que o certificado traduzido era um documento oficial por aqui, a mulher mal educada da secretaria disse que eu só podia fazer a matrícula com o documento original. E ela só vai até o dia 24. A surpresa maior: os Correios estão de greve. Com a cópia, tentei usar o photoshop para fazer uma cópia mais real do documento como a Juliana me havia explicado. Mas na hora que dei o zoom no arquivo vi que não teria como por conta dos pontinhos do xerox, que provavelmente sairiam na impressão.
Daí hoje o plano era o seguinte: eu iria a Fnac para conhecer e comprar um dicionário Francês-Francês e depois iria encontrar a Juliana para vermos como faríamos a impressão. Quando acordei, a Camilla, a sueca que vive comigo, me disse se eu não queria ir com ela em um mercado que tinha em uma rua daqui que se chama Chauderon. Na hora aceitei e fiz todas as mudanças de plano: iria com ela até lá, depois ela iria comigo à Fnac pois também não conhecia e eu iria me encontrar com a Juliana em frente a Nespresso que fica no mesmo local da impressão. O resultado: Camilla foi comigo no meu encontro com a Juliana e a Nespresso estava lotada! Sim, Marcelo, aqui ela também faz um sucesso danado. Fomos a Starbucks, que era do lado e resolvi que a melhor coisa é esperar o documento chegar por Sedex, pois ontem vi que já estava em São Paulo para avaliação. Não há muita coisa a se fazer, mas o Gabriel me disse que nos últimos dos fatos, ele pode tentar melhorar o documento para impressão.
Por outro lado, estou adorando as coisas por aqui. Ontem a Camilla me convidou para assistir Gilmore Girls, que eu detesto, com sua amiga alemã aqui mesmo no apartamento. Como uma entrada tipicamente italiana, proschetta, prochetta; não lembro bem e depois tomei uma sopa fresquinha! Tenho me encontrado muito com a Juliana também. Segunda-feira aqui é feriado nacional e pretendo ir novamente a Montreux ou Vervey, vai depender se os museus estarão abertos. E amanhã, LES MISÉRABLES!
Mãe, achei a parada de ônibus que cai em frente a esse local que eu ACHO que é uma igreja. Vou ver se vou lá antes de terça.
Vovó Ana, não se preocupe se algum e-mail novo não chegar. Agora que a senhora tem meu telefone é só me ligar. Aqui estou sempre muito protegida.
Tia Dita, eu recebi o recado da senhora do Skype e ainda escutei a vida da senhora por uns 9 minutos. Não só a vida, mas a música, que acho que era Chico Buarque. Aqui são cinco horas de diferença e é mais fácil me encontrar de manhãzinha aí ou no meio da tarde também daí.
Tchelo, aqui tudo é Mac. Na universidade TODOS os computadores são Mac. Minha vizinha francesa comprou um notebook Mac por CFF 1000,00, em um preço especial para estudantes aqui. As pessoas têm uma fixação muito grande por tudo da Apple. Chega a ser doentio.
Neto, me manda um e-mail sobre o percurso na Itália. Tem tudo para dar certo. Preciso saber desde a sexta-feira antes de Milão, pois não tenho aula a tarde na sexta. Talvez possa te encontrar em algum outro lugar, não sei. Essa semana vou resolver a papelada do permis daqui pois a Juliana me disse que não posso entrar duas vezes na Suíça com o mesmo visto. E demora mais ou menos um mês para chegar. Vou resolver tudo acho que nessa terça.
Papito, o senhor ia amar a Fnac daqui. São três andares de loja!
Mãezinha, papito e Ana Ritinha, obrigada por terem me ajudado nessa questão do Certificado. Sei que deve ter sido corrido. Muito obrigada mesmo!
Como estou com muita saudade do Monet, hoje a foto é dele. Aqui tem MUITOS cachorros que entram nos shoppings, supermercados, ônibus, metrô. Eles são gente mesmo por aqui. Eu nunca passei mais de uma semana sem cachorro. A abstinência do carinho é horrível.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Montreux



Se eu soubesse que Montreux seria zilhões de vezes melhor que Genebra, teria ido mais cedo. Mas fiquei com medo de ter muito tempo de ócio por lá como tive em Genebra por não conhecer muito bem a cidade. E a descoberta desta pequenina cidade que abriga histórias de jazz foi maravilhosa.
Saí depois de almoçar para economizar no gasto com comida, que aqui é bem caro. Peguei um trem que parava em cada vila daqui, o que foi legal pois vi muitas casinhas fofas para se viver. Quando cheguei, resolvi procurar a orla que a Juliana disse que daria no castelo. Só que me deparei com um jardim lindo cheio de estátuas e Tcharam! A primeira era do Vladimir Nabokov, que escreveu Lolita e que eu amei! Uma estrangeira que não sei bem quem é ainda o desdenhou quando eu pedi para ela tirar uma foto minha com ele (porque eu sou baixinha e não conseguia tirar um auto-retrato com ele). Ela disse: quem é esse? Aí leu e falou, ah, Vladimir Nabokov. Eu quase pulei e falei: Hello, filhota. Não é qualquer estátua não, queridérrima. Enfim, ela me fez um favor. Depois vi que as outras estátuas pertenciam aos grandes nomes da música, como Ella Fitzgerald, Ray Charles, BB King e Quincy Jones. Tirei fotos com todos, bem juntinha. Uma um velhinho muito simpático riu do meu aconchego no Ray e perguntou se não queria que ele tirasse. E foi cômico ver aquele senhor fofo olhando no quadradinho pequenininho da máquina digital.
Depois fui entender o mapa, que mais uma vez foi incompreensível. Segui em frente, e perguntei a um casal aonde era o tal castelo. E mais uma vez foram pessoas legais que praticamente me levaram ao ponto de ônibus. E aqui a forma de pagar o ticket é estranho. Graças ao meu querido afilhado matrimonial Leandro, aprendi que não se pode brincar ao entrar nesses transportes sem pagar. Eu já tinha perguntado pro casal aonde era e eles me avisaram que era dentro do trem. Como assim?? Cadê as maquininhas externas?
Depois de um bom tempo, cheguei no Château de Chillon. Galeura, que castelo! Muito bem organizado. E uma coisa que está valendo muito aqui é minha carteirinha de estudante. Já consegui poupar muito com ela. Lá tem folheto de explicação em português do Brasil, que foi muito bacana. Tem explicação para cada cômodo, que não são poucos: 46. Cada um despertando a imaginação pela quantidade de história que tem. Para quem gosta, vale cada centavo. Dizem que o vinho de lá é um dos mais importantes do mundo; e realmente a cidade é cheia de vinícolas. Papito, duas garrafinhas pitototinhas de pinot noir pro senhor.
Resolvi voltar a pé para Montreux, que ficava a mais ou menos uma hora de caminhada. Poupei 3 francos de passagem (achei muito cara a passagem) e ganhei muito em paisagem. Assim que desci em direção a orla me deparei com uma espécie de prainha, eles deram esse nome. Você pode entrar no Lac Léman, nesse dia friiiiiiiio que estava hoje. Determinei que a melhor invenção do mundo foi o timer (lê-se taimer) da máquina fotográfica. Consegui tirar fotos minhas com os dois braços soltos.
A caminhada é muito linda, com muitas pracinhas e banquinhos a beira do lago. Fiquei sentada algum tempo em um aproveitando a vista única. E continuei caminhando, caminhando, caminhando...
Caminhando, caminhando, caminhando e nada da estátua do Freddie Mercury que a Juliana tinha me dito. Até que quase na estação de trem, eis que lá está o monumento com muitas flores e velas. Bem triste. Freddie definitivamente não morreu por lá.
Depois entrei em uma das lojas que mais gosto: Souvenirs!!!!! Tanto relógio de cuco lindos, mas beeeem caros. Acabei comprando um babador escrito Switzerland pro meu sobrinho.
Meninos, os canivetes suíços de vocês é algo que não vai ter jeito mesmo. São muitos caros, não vi um que fosse baratinho. Se contentem com chocolates ou expansão Bang.
No meu apartamento as coisas não poderiam ser melhores. Estou me dando muito bem com a sueca, ela se esforça para fazermos amizade. E cozinha bem até! Ela me disse que aqui eles têm aulas de culinária no colégio. Ontem ela fez uma sopa de legumes muito gostosa e hoje de manhã comi um pão fresquinho! Estou sentindo vergonha dos meus conhecimentos culinários limitados. Nós conversamos bastante, temos quase a mesma idade. Misturamos inglês, francês e às vezes, enfio até português. Ela já se despede com um “tchau”. A francesa é novinha, fica pouco aqui por morar perto de Lausanne. Quase ainda não conversamos direito.
Enfim, muitas saudades de todos, todos mesmo. Lembro de cada um em algum detalhe.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Genebra

Hoje foi um dia e tanto. Decidi que já conhecia a maior parte turística de Lausanne e que já era hora de eu estender meus passos. Lá fui eu para Genebra. Uns 40 minutos de viagem de trem. Como a Juliana já ia buscar o namorado no aeroporto de lá, resolvemos ir juntas. Cheguei primeiro na estação, comprei meu bilhetinho cheio de detalhes de redução (é muito bom ter menos de 25 anos por aqui), e fiquei esperando-a na plataforma do trem. Decidi descer na estação de trem central de Genebra e não no aeroporto.
Nesse exato momento, podem imaginar a pessoa mais perdida do mundo. Sim, parecia uma barata tonta e tentava de tudo achar um mapa dos meios de transporte da cidade, porque já não bastando metrô e ônibus ser difícil, lá ainda tem um tipo de bonde que passa no meio da cidade. A sorte é que um dos principais monumentos era em frente a estação: Notre Dame. Comecei a perceber que é um nome bem comum por aqui. Paris caiu no conceito desse jeito.
A sorte maior foi descobrir que lá era católico. A maior parte daqui é protestante, e depois de eu tentar tão forte achar uma igreja católica aqui, caí nessa em Lausanne. Foi muito bom. Uma paz boa que senti, a quantidade de agradecimentos que tinha de fazer e estar perto de Deus. Não canso de dizer que essa viagem tem sido muuuuuuito iluminada. Tudo tem dado muito certo. Não posso falar de um nada sequer.
Enfim, depois passei em frente essa Escola de Artes Industriais, que tive de tirar foto pro chato do Teteco. A decisão da garota perdida foi dar voltas. Eu estava a ponto de desistir, pois por mais que me localizasse no mapa do Lonely Planet, eu me perdia segundos depois. Eu entrei dentro de uma loja daqui que tem tudo, desde comida até roupas, maquiagem, perfumes, eletrônicos... Entrei e decidi comprar meu almoço: uma salada no maior estilo europeu com um molho azeeeeeeedo. Cruzes! Sentei em uma pracinha meio suja e fui comer tranquila da vida pensando no que ia fazer quando acabasse. A decisão foi andar mais. Decidi voltar para a estação antes que me perdesse de vez sem nenhum mapa.
Eu tinha que resolver: ou voltava ou ia atrás da ONU. Então procurei mais uma vez por um mapa e finalmente o achei. Lá eu vi que eles tinham um bilhete especial que você pagava um preço e poderia andar por toda a Genebra das 9 da manhã até meia-noite. Comprei este bilhetinho e fui entender o mapa. Fiquei em uma parada que eu jurava que era a que ia para a Praça das Nações. Com medo, perguntei para um rapazinho se o ônibus ia para a ONU mesmo.Ele me falou que o tal bondinho ia. Fui atrás do bondinho. A cidade é toda bonitinha, muito organizada. Cheguei nessa praça aonde tinha umas fontes de água a coisa mais fofa! E finalmente, na minha frente, a tão aguardada ONU! Quando pensei que tudo estava resolvido, que ia fazer a minha visita guiada, a entrada ainda era a 500 metros. Lá fui eu num solão de matar aqui. Confirmei com o guardinha e fiquei numa fila atrás de um monte de adolescentes japoneses. Quando entrei, ganhei um crachá com uma foto no maior estilo de quem andou debaixo do sol e para piorar a situação, a mulher pediu que eu corresse para pegar a visita. Vamos lá!
A última a chegar, com direito a parar a explicação, a visita começou. Céus, aquilo é um mundo muito lindo! O tanto que eu imaginei de história! A cada hora que o guia falava alguma coisa, eu imaginava toda a situação. O lugar aonde o acordo de paz entre Irã e Iraque foi assinado guarda muitas histórias. O prédio é todo muito pomposo, com presentes de tudo quanto é lugar.
Enfim, mortinha tinha de tomar uma decisão: ou lanchava pelo preço da minha volta, ou ia para casa mais cedo e lanchava aqui. Para os que não compreenderam, é que depois das 19 horas eu não pago passagem aqui dentro da Suíça. Decidi voltar porque o calor estava demais. E foi realmente melhor. A sueca convidou um monte de amigas para comerem uma pizza e eu acabei ficando um pouquinho mesmo sem conversar muito. Mas o highlight do dia foi quando duas que estudam arquitetura sabiam da história de Brasília. Passei mal de tanto orgulho da minha cidade!
Tchelo, tomei um nespresso na loja chiquéééééééééérrima daqui. Foi eu, a Jú e um amigo dela. Muito bom lá. As máquinas são muito mais caras que nas outras lojas. E pensar que quando eu voltar, vou tomar de graça...
Guiligas, não quero participar da sua doença. Cada um com seus problemas.
Vovó, foi por isso que eu não atendi o telefone. Estava em Genebra. Hoje foi muito corrido mas amanhã ou depois ligo pra senhora, viu? Continue mandando os e- mails que eu fico muito feliz!

Obs: Minha máquina fotográfica está com problema, ando perdendo um monte de fotos...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Minha nada fácil vida


Os dias vão passando e cada vez mais percebo como vai ser minha vida aqui por esses cinco meses. Hoje chegou a terceira integrante do apartamento, uma francesa do outro lado do lago. Sim, do outro lado do Lago, da cidadezinha que eu comentei que dava pra ver, Evian. Ela tem 17 anos e meio, como salientou, e fala rápido pra caramba! Quando eu estou tentando formular a pergunta em francês, ela me vem com uma resposta beeeeem longa, que eu consigo entender uns 30%; e já com a necessidade de eu fazer um comentário para o que ela falou, e o diálogo, com isso, vira um monólogo com alguns c’est bon da minha parte.
Hoje foi um dia de culinária. A sueca é bem prendada, cozinha muito. Hoje fizemos um cinamon (acho que é esse o nome, mas é uma rosquinha de canela típica da Suécia). Ela me ensinou o passo-a-passo e depois de cinco minutos já tinha esquecido a receita. Desculpa, minha mãe. Faremos outras vezes. E com a promessa de um gatêau por parte da francesa, eu não tenho absolutamente nada para fazer quando for o brazilian day aqui.
Depois de várias experiências como dona de casa, hoje tive a maior delas: lavar minhas roupitchas. A máquina é um alien para mim, não entendo nenhum botão dela. Com a explicação da Jú e alguns comandos como “pré-lavagem”, “lavagem a mão (que mãos?)” apertei as teclinhas e rezei para que desse certo. Quando fui pegá-las agorinha, com um medo danado da secagem ultrapassar a lei do silêncio aqui que vai até as 22 horas, achei que estavam Oks para uma marinheira de primeira viagem. O teste final vai ser ao vestí-las.
Enfim, a cada dia me habituo mais com uma dificuldade enorme ainda de comunicação. Misturo inglês, português, francês e se alguém me pressionar, solto até meu portunhol. E olha que ele é muito bom!
Enquanto as fotos da minha despedida que minha querida amiga Luana me prometeu não chegam, posto mais fotos das paisagens bonitinhas daqui. Olhem como o carrossel é fofo?!

domingo, 6 de setembro de 2009

Uma turista nada acidental

Os últimos três dias foram de um turismo intenso. Me deixei perder na cidade para poder descobrir aonde eu estava e como eu voltaria para a cidade. A primeira providência foi aprender a ler o mapa daqui. O metrô é como o de Brasília, só tem uma linha reta, vai e volta. E os ônibus estão em qualquer lugar. Aonde eu moro, tenho duas paradas para descer: uma do lado da Orla, em que eu subo cinco escadas; e a outra aonde tem uma descida íngreme e que eu desço três escadas. Por mais que a descida seja mais cansativa e longa, a vista que eu tenho é de arrasar. Essa primeira foto eu tirei só para vocês terem uma idéia.
Já fui duas vezes à Catedral de Notre Dame daqui. Ela está passando por uma reforma, então o lado dela está cheio de parafernálias de construção. Mas na frente tem uma espécie de mirante, que algumas caminhadas depois descobri que é bem comum mirantes por aqui pelas alturas aonde alguns bairros chegam. A vista é muito linda, a gente consegue ver a cidade de Evian, na França já.
Hoje decidi ir para o metrô caminhando pela orla, aproveitando o sol matinal que daqui alguns dias será substituído pelo frio do outono. Hoje tinha um monte de famílias, casais, amigos na orla. A vista mais um vez é de tirar o fôlego. Cheio de patinhos e cisnes, a coisa mais fofa! Tirei muitas fotos e uma delas foi me mostrando na difícil tarefa de curtir esse momento à beira do lago Léman.
Aqui os museus são de graça no primeiro sábado do mês, e em uma caminhada para achar a Église de St. François, na crença de que seria uma igreja católica, achei o Museu de Beaux-Arts. O defeito daqui é que quando está tendo uma amostra, as peças do acervo mesmo são guardadas. Mas o que realmente compensou foi ver o museu histórico e geológico que fica no mesmo lugar. Váááááárias ossadas de dinossauros, dos mais diversos tipos e tamanho, além de um esqueleto completo de um mamute. Porém, o que mais me deixou impressionada foi um tufo do cabelo de Napoleão. Imaginei a quantidade de histórias, os motivos e me senti um pouco mais próxima de uma época inenarrável.

Um outro museu bem legal, até para mim que não curto esportes, é o Museu Olímpico. Tem várias roupas, histórias dos jogos, filmes, artigos esportivos. Um mundo imenso para quem curte. Lembrei muito do meu pai com os tênis de corredores que tinha lá, um deles que eu sei que é muito importante, tem até um filme sobre ele, mas que agora esqueci completamente. O bacana foi uma amostra que está tendo lá até o dia 13, intitualada Heróis. Tem vários lugares bacanas para tirar fotos divertidas e conta curiosidades e fatos dos principais atletas do mundo, entre os quais Pelé, Maradona, Ayrton Senna, Michael Phelps, Michael Jordan entre vários que eu li, mas não lembro quem são. Mais uma vez: eu não sou fã de esportes.
Na quinta-feira, com indicações e orientações da Juliana, fui conhecer uma cidade pequenininha da Suíça que abriga a grande loja IKEA, de coisas para casa. Lá tudo é baratinho, se você tiver paciência para procurar. Os preços variam de Sf0,50 até Sf2000. Além de comprar umas coisinhas para meu dar uma vida pro meu quarto, repus algumas coisas que estavam faltando no apartamento. Errata: minha colega de quarto é sueca, ao contrário do que pensava. Ela é muito educada, trocamos algumas conversas mas ela passa a maior parte do tempo fora, já que está aqui há três semanas e conhece bastante gente.
Fazer turismo sozinha tem a vantagem de você poder comandar o seu horário e o seu percurso. Você se deixa levar pelas ruas da cidade. A desvantagem é que suas fotos sempre serão de braço estendido, jamais de corpo inteiro. Saudades de um tripé...

Obs: Essa última foto é a imagem que tenho ao descer para o meu apartamento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

There`s no place like home


Finalmente, o quartinho. Como Judy Garland, there’s no place like home. Acordamos bem cedinho para vir porque tínhamos marcado com o concièrge responsável pelos apartamentos às 7:20. Preferimos rachar um taxi porque estávamos as duas com malas enormes e teríamos de pegar três ônibus. O horário que cheguei aqui foi ótimo porque não tinha ninguém ainda, depois que eu terminei encheu a sala do homem. Ele me explicou muita coisa, tudo em francês. E como em todas as outras situações desse tipo, eu peguei o contexto, não a conversa.
Ele me entregou a chave do quarto 812 que fica no úúúúúúúúltimo prédio. Pensem carregar uma mala daquele tamanho por cinco escadas? Cheguei mortinha.
Quando entrei no apartamento, já tinha sido avisada que tinha uma menina já aqui e pelo nome descobrimos que era alemã. A casa estava imunda, mas depois ela me explicou que não esperava que chegassem tão cedo, pediu desculpas pela casa e por uma amiga que estava dormindo aqui, porque não é permitido que outras pessoas durmam no nosso quarto. Ela foi bem simpática, a Juliana disse que normalmente é difícil que sejam tão simpáticos.
Eu vou postar algumas fotos do quarto, agora finalmente arrumado. Quando eu estiver mais familiriazada com o apartamento, vou tirar fotos dele. A boa notícia é que são dois banheiros para três pessoas, e um em frente ao meu quarto. Ainda falta mais uma pessoa para chegar, então nada ainda está muito certo.
O quarto em si é relativamente pequeno, mas nada claustrofóbico. Tenho um jardim na frente dele e uma janela imensa. Ele ainda está completamente seco, sem nada para enfeitá-lo, a não ser as coisas que trouxe de Brasília. Hoje vou desbravar os arredores.
Beijos a todos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma matuta na cidade grande

Esses dois primeiros dias foram uma correria. Muita coisa pra resolver e aprender. Na saída do aeroporto, tive a ótima notícia que a estação de trem era lá mesmo. E a daqui em Lausanne tinha parada na frente. Com mais de 45 quilos de mala, sem quarto decidido, a Jú achou melhor virmos para a casa do Gabriel, seu namorado, que neste momento está no Brasil. À tarde, ela me mostrou o que tinha aqui por perto, fizemos o passe de ônibus, fomos lá na residência para vermos como era. O highlight do dia foi o Starbucks, que realmente é um luxo para poucos. Você não toma o café por menos de CFF 6,00. Mas aqui tem também o waffle com caramelo que vocês, Marcelo e Flávia, levaram para a gente quando viajaram. Starbucks agora sabe-se lá quando. Depois passamos em um mercadinho para comprar o jantar. O triste daqui é que tudo é caro. Comida é algo que exige alguns capitais. Enfim, a decisão foi tomar uma ótima refeição de sopa de letrinhas.
Hoje acordamos cedo para vermos a questão da residência. O conselho foi que eu fosse extremamente simpática com a Mme. Vivien que ela seria também comigo. E assim o fui. Misturei inglês e francês na conversa e ainda soltei um belo “Isso”na hora de confirmar um dado. A língua até que não está sendo um problema na hora de me virar. A grande questão é nas relações interpessoais, por exemplo, com amigos suíços da Jú. É hiper mega difícil porque eles falam muito rápido.
Como a Jú tinha prova hoje e tinha que estudar, fui sozinha pela cidade. Meu primeiro contato sem ajuda na cidade. E eu me saí surpreendentemente bem. Peguei os ônibus certos, e fui passear perto de uma parada aonde eu teria de pegar um outro ônibus para ir para a casa do Gabriel. Foi quando entrei na loja que a Jú tinha me dito para comprar meu chip. Misturando francês e inglês, consegui comprá-lo e ainda fiquei amiguinha do comprador, que quando foi fazer o cadastro, achou que meu nome era “Brasileira”, porque estava abaixo do meu real lindo nome no passaporte. Lembrei muito do meu pai e dos meus irmãos quando vi que a loja SÓ tinha eletrônicos e jogos para videogames.
Passei em um supermercado aonde a procura por um almoço em conta foi longa. Achei um risoto de tomate por CFF2,30 e uma salada por CFF2,80. Tudo MUITO caro. Até os guardanapos da minha mãe custam caro.
Ana Rita, já vi duas lojas de vestidos de noiva mas nenhum que eu dissesse OOOHHHH, como é lindo. Normais.
Eu ainda não tenho fotos da cidade para postar. Mas assim que tiver tentarei postá-las o mais breve possível. Ainda à noite, conheci umas amigas brasileiras da Jú e alguns amigos suíços. Comi uma maria isabel com feijão que parecia grão de bico. Um pessoal muito legal, mas que pouco entendi a história de vida dos que não falavam português.
É estranha essa sensação de liberdade quando se sai de casa, porque por mais que queira, ainda estou presa nessa coisa de não saber aonde ir e como ir. Amanhã de manhã vou receber meu quarto e desbravar meu novo lar.
Saudades de todos. Amo vocês!
PS: Tentei ser lacônica porque são 01:30 da manhã aqui e acordo cedinho. Assim que der escrevo mais.

A saga




Depois da saga da chegada do visto, com direito a lutas nos Correios, eis que conto a saga da viagem. Na minha cabeça, os aviões da TAP continuavam com telinhas touchscreen, filminhos para escolher, séries, joguinhos. E eis que me deparo com um banco apertado, uma televisão com canais bem vagabundinhos e uma companhia espaçosa do meu lado.


Os filmes que estavam passando ultrapassavam as barreiras geográficas. Tinha filme espanhol, brasileiro, americano, francês... Resolvi assistir Menino da Porteira por não ter tido a coragem de pagar uma entrada de cinema para assistir o Daniel atuando e porque com a música me sinto mais perto do meu pai e do meu avô. O filme é bem musical, lembrei muito do senhor, papito. Na segunda vez, coloquei ele para passar e finalmente consegui dormir. O problema foi o garoto do lado, que não dormia e era extremamente espaçoso. Fiquei num cantinho, encostei a cabeça na janela, peguei o travesseirinho que ganhei da Raquel e dormi por umas duas horas.


Depois passou um outro filme, que me fez lembrar da minha amiga Olívia. Tenho certeza que era Star Trek, mas ele me fez dormir por duas horinhas também. Descobri que o menino do meu lado estava indo para Coimbra pela UnB, estudava Economia aqui, nunca tinha ido pra Europa e não tinha idéia do que faria aqui.


Quando cheguei em Lisboa, tive que enfrentar a fila da imigração. Meu voo para Genebra estava marcado para 08:50, só que eu tinha lido apenas a hora do embarque que era 08:10. Já era umas 7:15 e eu estava no fim da fila. Perguntei pro carinha que alegremente me respondeu que eles me chamariam. Tinham quatro pessoas para receberem os retirantes brasileiros. Uma era bem simpática e como me falaram mal da fama dos portugueses, torci para que fosse ela. E foi. Do meu lado tinha um cara muito suspeito que tinha alguma coisa com uma menina tipicamente daqui: loira, branca, sem sal e dos olhos claros. Ela já tinha passado e o fiscal implicou no que ele estava querendo fazer em Amsterdan. Ele não tinha emprego e dizia que morava lá. Eu passei e o rapaz suspeito continuou lá.


O cenário é esse: uma garota brasileira cansada, sem internet, sem telefone e sentada por uma hora esperando o guichê do portão abrir. A salvação para mandar notícias foi uma internet de moedinha que achei. Acho que devo ter escrito tudo errado porque na hora que eu estava lá, já estavam chamando para o embarque.


Mais uma vez, fui do lado de uma brasileira com uma história um pouco mais interessante que a do garoto. Mãezinha, essa vai pra senhora. Ela disse que veio pra Suíça como eu estava indo, fazer algum curso na Universidade. Ela começou fazendo francês, só que ao contrário de mim, ela passou um ano. Quando voltou, disse que sentiu muita falta e a mãe ficou estimulando que ela voltasse. E assim ela o fez, passou mais três anos estudando alemão, terminou a faculdade que deixou incompleta em Salvador, encontrou um marido e pá! Disse que não volta nunca mais.


Ulisses, Elaine. Eu acabo descobrindo que muitos personagens ainda farão parte da minha história.


Na chegada em Genebra, eu ainda não tinha certeza absoluta que a Jú estaria me esperando. Já tinha feito todo o trajeto para o local aonde eu teria de ir. Na apreensão pela mala não ter estourado, fiquei torcendo para que nada fosse extraviado e que eu pegasse minhas coisinhas. O alívio que senti quando vi as duas bagagens na esteira juntinhas é inenarrável. A maior surpresa foi quando saí e vi uma mulher tirando uma foto de dentro do setor de desembarque. E eu não estava entendendo porque eu estava no meio e ela continuava tirando. Quando olhei, era a Jú! A alegria que senti foi imediata. A certeza de ter um anjo da guarda em uma aventura desconhecida.


PS: Não reparem no olhar de cansado da foto e a esculhambação do look. Depois de mais de 11 horas dentro de um avião, com fome, carregand 45 quilos e cansada, nem se eu soubesse que ela ia tirar a foto, ela teria saído melhor.